Meu Convite

Querida leitora,
Querido leitor,

Faz tempo, venho me preparando para escrever essa carta. Na realidade, demorei muito para ter a coragem de me apresentar como sou, introspectiva, quieta e reservada; forças essas que serviram como alicerce da minha história de vida.

Vamos falar sobre histórias de vida? Quando mergulhei fundo na minha, descobri que em muitos momentos dela, quis ser o que não conseguiria ser: no coral do colégio, queria cantar na 3ª voz (contralto), que achava mais bonita, mas o meu timbre é de soprano, como assim? Noutras vezes, para me sentir incluída, ia contra a minha essência e, naturalmente, fracassava.

Ter tido pouco espaço para conversas na infância, lapidaram o meu encantamento pela palavra escrita, pela observação do não falado e pelos movimentos livres junto à natureza: livros e cartas contavam histórias e habitaram o meu imaginário desde criança, enquanto os cavalos (esporte) foram o meu espaço de expressão do corpo, me ensinando a importância do fair-play, e o saber ganhar e perder.

Como cidadã do mundo, passei por vários chãos, em diferentes fases da vida, que apesar de me darem a sensação de não pertencer a nenhum lugar específico, desenvolveram minha habilidade de transitar bem nesse espaço multicultural. Conheço o que é sentir-se fora do lugar e reconheço, que levei tempo para, aos poucos, ir aprendendo a abrir meus espaços internos para conversas sobre o SER que permeia as minhas diversas camadas.

Hoje, percebo que trago a análise, a ponderação, o olhar para além do horizonte e a elasticidade no meu pensar; minha identidade cultural plural, a determinação e a vontade de voar longe no meu querer; e, o questionamento, a força para quebrar padrões, o querer simplificar o complicado e desejo de promover a inclusão no meu sentir. Preservo e respeito os meus limites e aprendi/estou aprendendo a dizer não.

Me descobri única, ao me aprofundar na minha biografia, reconhecer a minha ancestralidade, e minhas potencialidades e forças. Percebi que as histórias que me contavam na infância se transformaram nas histórias de vida que quero contar e ajudar a construir, hoje.

Conto minha história para te inspirar a aprofundar-se no seu “ser diferente” e se permitir abraçar um caminho singular e extraordinário, como eu fiz.

Conte comigo para termos conversas que abrem espaços para você investigar, experimentar, descobrir, repensar e criar para si novas possibilidades e histórias!

Um abraço,
Monika

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